terça-feira, 6 de maio de 2008

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Não sei por quais cargas d'água meu post anterior sumiu. Bosta.

Muito provavelmente esse é o último post desse blog. Uma série de fatores me levaram a tomar essa decisão. É a mais certa? Não sei. Mas, por hora, é assim que vai ser.


Mas eu estou com umas idéias boas e uns parceiros (ui) legais e acho que vem coisa nova aí. Até pq, eu gosto de escrever minhas abobrinhas.

Qualquer coisa me liga, manda mail, sinal de fumaça, sei lá. Vcs sabem como me achar.

Beijundas



PS: Retirei os comentários. Ia retirar as postagens antigas, mas preferi deixar para os anais (ui). Os comentários e os comentaristas, podem ter certeza, estão muito bem guardados. Todos.

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Cansei dessa viagem maluca que não sei o destino. Quero voltar a ter as rédeas da situação, traçar meu próprio amanhã.

Não gosto de pensar na possibilidade que Deus-sabe-se-lá-se-existe controla meu futuro. Porra, eu tô fazendo meu futuro e se meu hoje está uma merda, foi por pura incompetência minha no passado.

Problemas, pessoas, incompatibilidades, decepções, trabalho, problemas².
Capitalismo, dinheiro, mentiras, problemas³, narcisismo.
Isso tudo tá me cansando, não estou conseguindo digerir. Tá tirando o meu sono.
Pára! Pára esta merda que eu quero descer! Porra! Plagiando Paulo César Pereio que usa porra como vírgula... uma pessoa que, sinceramente, às vezes tenho vontade de imitar. Bon vivant.



Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar"...

Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.
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Aperta o stop dessa porra, rebubina esta merda e vamos gravar tudo novamente.


* Trechos retirados do texto: Nossos dias melhores nunca virão? de Arnaldo Jabor


Nota mental: Pereio e Jabor no mesmo texto é demais. Tá pensando que é quem, blogueiro chinfrim?