Andou pelo corredor pela milésima vez naquele dia. Estava inquieta... Toc, toc, toc, o barulho dos saltos da bota era cadenciado e fazia eco com as batidas do seu coração. A boca estava seca. Precisava beber alguma coisa. Água? Estava realmente bebendo água? Xi, a coisa é pior do que eu imaginava.
- E seu eu... Não! Não vou fazer isso, não consigo... – pensava em voz alta.
Era um aperto no peito. Parecia que o ar lhe faltava... Uma aflição... Afinal, a idéia era ao mesmo tempo excitante e amedrontadora. Era diferente. E daí, vaca, não é isso que você gosta? Situações diferentes, desafios... Mas no fundo ela era uma conservadora. Ah, vai, aquilo era moderno demais... Pô... Suruba? Seria ela capaz de participar de uma?
Foi consultar as irmãs. As meninas saberiam lhe aconselhar... Que nada, elas a encararam com umas caras de espanto, acho que vi até um certo ar de reprovação nos olhos de uma delas...
Adiou a decisão mais uma vez. Tomou um longo banho (não tão longo, ecologistas de plantão!).
Cara, era um convite do André... Dava pra dizer que não? Não, não dava... Então ia aceitar.
Sentou-se diante do computador mais uma vez. Agora ia ou rachava. Afinal, ela era uma vaca ou uma rata? Com um suspiro abriu o processador de texto e tentou, mais uma vez, escrever um texto bacana pro André Moinhos colocar no blog dele... Não ia dar. Não dessa vez... Quem sabe na próxima?
Novas cenas na próxima suruba...